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quinta-feira, 3 de março de 2011

Negros morrem de forma violenta duas vezes mais do que brancos

Negros morrem de forma violenta duas vezes mais do que brancos

13 de maio de 2008

Em uma pesquisa inédita, encomendada pelo Ministério da Saúde e apoiada pela Funasa (Fundação Nacional de Saúde) e pelo Dfid (Department for International Development), ligada ao governo britânico, revelou que a desigualdade entre negros e brancos se expressa até mesmo nas distintas causas de morte.
Baseando-se em dados do SIM (Sistema de Informação de Mortalidade), do próprio Ministério da Saúde, referentes aos anos de 1998, 1999 e 2000, além do Censo 2000, o estudo constatou que a principal causa de morte entre os negros vem de homicídios, acidentes de trânsito, suicídios e outras mortes consideradas violentas, concluindo que um entre quatro negros de qualquer idade morre decorrente destas causas, equivalendo a 25,6% das mortes.
Logo em seguida, a segunda maior causa de mortes entre os negros são decorrentes de doenças circulatórias, representando um índice de 21,8%.
No entanto, entre aos brancos, os números são completamente contrários. A principal causa de mortes são relacionadas a doenças circulatórias, sendo um índice de 28,1%, enquanto que as mortes violentas vêm em segundo lugar, com 16%.
Comparando a taxa de homicídio, os negros representam 12,3% das mortes, enquanto que os brancos representam uma taxa bem menor, com apenas 5,5% de mortes.
A respeito de causas de mortes decorrentes de acidentes de trânsito, 5% atingem os negros e 4,6% entre os brancos, sendo também menor na segunda maior causa de mortes.
Além disso, as mortes relacionadas a causas externas afetam em sua grande maioria a juventude, onde se pode observar que 78,7% dos óbitos dizem respeito a jovens brancos de idade entre 15 e 25 anos e 82,2% entre negros de mesma faixa etária.
Em relação à taxa de homicídios, por exemplo, os jovens brancos representam 38,1% destas mortes, enquanto que entre os jovens negros, há um aumento para 52,1% das mortes.
Isso é resultado da posição de cidadão de segunda classe que o negro ocupa na sociedade. Tendo sua emancipação, a população negra se constitui como uma das mais exploradas pelo capitalismo, constituindo a grande maioria dos habitantes das periferias e favelas onde as condições de vida são precárias.
Nesse sentido, se coloca a luta por um programa que atenda verdadeiramente a emancipação definitiva e completa da população negra, pois, nas atuais condições, representando a grande maioria dos trabalhadores e sendo um dos setores mais oprimidos pelo capitalismo, a reivindicação política contra a burguesia e o Estado capitalista que colocará a população negra em real emancipação e liberdade.

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