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quinta-feira, 3 de março de 2011

Maioria das empregadas domésticas de São Paulo é negra e não tem carteira assinada
28/04/2007 14:01
Petterson Rodrigues
Repórter da Agência Brasil-São Paulo

A Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados, (Seade), em parceria com o Conselho Estadual da Condição Feminina, divulgou um estudo sobre o mercado de trabalho das empregadas domésticas na Região Metropolitana de São Paulo. De acordo com o estudo, as empregadas domésticas respondem por 17,7% do total da ocupação feminina e tem 95,5% de seus postos de trabalho ocupados por mulheres, das quais 53,6% são negras e apenas um terço possui carteira de trabalho assinada.Em nota, a Seade informa que a pesquisa foi divulgada em momento oportuno, em virtude do Dia Nacional da Empregada Doméstica, celebrado ontem (27). “O maior contingente das empregadas domésticas (39,7%) está na faixa etária de 25 a 39 anos, sem grandes diferenças entre negras e não-negras (21,6% e 18,1%, respectivamente). Seguem-se os grupos de idade de 40 a 49 anos (28,5%) e de 50 a 59 anos (14,8%), o que permite afirmar que praticamente a metade das empregadas domésticas possui mais de 40 anos de idade”, diz o estudo.A maioria das empregadas domésticas, que corresponde a 64,4%, não completou o ensino fundamental. Cerca de 20% delas não completou o ensino médio. “Esse tipo de ocupação, uma vez que não exige níveis de escolaridade elevados, constitui uma das poucas possibilidades hoje existentes para o emprego de pessoas com baixa escolaridade, como é o caso de muitas mulheres adultas”, conclui a pesquisa sobre a escolaridade.O segmento de serviços domésticos é o segundo maior empregador da mão-de-obra feminina na Região Metropolitana de São Paulo e o único que os homens não são maioria, revela a pesquisa. O estudo levou em conta o período de 12 meses compreendidos de novembro de 2005 e outubro de 2006 da pesquisa de emprego e desemprego realizada pela Seade e pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). Maiores informações do estudo sobre as empregadas domésticas estão disponíveis no site da Seade.

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