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quinta-feira, 3 de março de 2011

Extermínio: Negros estão sendo dizimados nas favelas

Extermínio
Negros estão sendo dizimados nas favelas

18 de dezembro de 2010

Segundo pesquisa do Observatório de Favelas, a população negra está sendo chacinada no país.

Segundo o levantamento, o risco de um adolescente negro entre 12 e 18 anos ser assassinado no Brasil é quase quatro vezes maior que o de um garoto branco.

O estudo feito pelo Observatório de Favelas em conjunto com a própria Secretaria Nacional de Direitos Humanos, foi realizado a partir da análise de 266 cidades brasileiras com mais de 100 mil habitantes. Nele, o IHA (Índice de Homicídios na Adolescência) por cor da pele, com base no ano de 2007, apontou que o risco de assassinato é maior para os negros em quase 80% dos municípios.

Em Maceió (AL), o risco de morte deste grupo chega a ser 53 vezes maior que aquele registrado entre os brancos. O estudo aponta ainda que a chance de morte entre adolescentes do sexo masculino é 9,5 vezes maior que em relação às mulheres de mesma idade. O estudo foi baseado em mortes provocadas por armas de fogos e outros meios violentos.

O estudo conclui que até 2013, o Brasil deve registrar o assassinato de 33 mil adolescentes em todo o país, em sua grande maioria negra.

A pesquisa revela por linhas tortas o que foi transmitido ao vivo pelas emissoras de televisão, onde a suposta “guerra ao tráfico” tinha e tem por finalidade reprimir a população negra e trabalhadora.

De repente, num piscar de olhos, quase meia dúzia de tanques de guerra invadiam as comunidades do Complexo do Alemão e tudo que a polícia fizesse era e é permitido.

Corpos ainda estão desaparecidos, ninguém sabe ao certo quem foram as vítimas da invasão de quase todas as forças armadas brasileiras. Os porcos comeram partes do corpo apodrecido de Davi Basílio Alves, jovem negro de 17 anos assassinado pela polícia na Vila Cruzeiro. Segundo reportagem do jornal Folha de São Paulo, Davi era "soldado do tráfico" e seu corpo ficou abandonado "numa rua de terra da Vila Cruzeiro" por quatro dias.

Além dos corpos negros atirados em becos e matagais, há os que desapareceram, recolhidos pela própria polícia, que não tem como provar o envolvimento dessas pessoas assassinadas com o tráfico, e as enterra como indigentes, com a cumplicidade dos IML's. Os presos com vida, chegam mortos nos hospitais com tiros na nuca e sem sinal de resistência. E sempre as secretarias todas dizem que “vão apurar”

Quantos outros tantos negros no Brasil foram e são considerados “soldados do tráfico”? Segundo os dados, pesquisas e levantamentos: todos. E a campanha racista e facínora da imprensa e da direita brasileira no caso do Complexo do Alemão afirma categoricamente e sem qualquer pudor que negro não tem direito algum.

As chacinas e homicídios contra a população negra prosseguem ininterruptamente e sem punição dos porcos fardados, apesar da “demagogia”do governo Lula e dos governos estaduais, que investem em publicidade, turismo, ao preço de negros mortos. Aí está a SEPPIR - Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial - que nada falou sobre o assunto, e onde já existe uma briga intensa para decidir quem vai desfrutar essa boquinha inoperante nos próximos quatro anos de Dilma, que, segundo ela mesma, vai investir em repressão policial.

O que as pesquisas demonstram é o que está em andamento há várias décadas ou mesmo séculos. Ou seja, uma tentativa clara que restringir ainda mais os direitos democráticos da população negra, restringindo liberdades como de ir e vir, ou mesmo, quando possível, executá-la impunemente e transmitido em tempo real.

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