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domingo, 4 de outubro de 2009

Contribuições de Ana Nery.....Axé pra ela....

Aqui temos fotos que retratam bem as manifestações culturais muito ricas e pouco valorizadas desta etnia tão discrimanada e dizimada.Homens tocando o tambor-de-crioula,mulheres dançando,toque de caixa também chamado de baile de caixas...Temos também o retrato da realidade,pessoas que ainda moram em casas de taipa e crianças com desesperança no futuro...Será que precisa ser assim?Dá pra mudar e é por isso que nós estamos unidos,para garantir o exercício dos direitos que temos enquanto cidadãos.










Fotos tiradas da comunidade quilombola do

Rio Grande em Bequimão/Maranhão.

2 comentários:

  1. Os dados da pesquisa realizada pelo IBGE em 2005 apontam uma realidade assustadora em relação aos indicadores sociais do país no que tange às diferenças raciais por classe.
    No Brasil, metade da população é composta por negros, sendo 49,5% pretos e pardos na nomenclatura usada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Os negros representam 46% da população economicamente ativa (PEA), no entanto estão à margem do mercado formal de trabalho e possuem os mais altos índices de desemprego. Nas seis regiões metropolitanas pesquisadas pelo DIEESE, que foram Belo Horizonte (MG), Distrito Federal, Porto Alegre (RS), Recife (PE), Salvador (BA) e São Paulo (SP), as taxas de desemprego são maiores entre os negros. Em São Paulo, a proporção é de 18,3% entre os negros contra 13,2% entre os brancos. Em Salvador, a taxa de desemprego entre os negros chega a 23,4% contra 16,1% dos brancos; no caso das mulheres negras a taxa chega a 26,3% entre as soteropolitanas. Apesar de representarem 48% da população, negros são dois terços dos 10% mais pobres e um sexto entre o 1% mais rico, como aponta o IBGE. Constata-se que a cada seis brasileiros pertencentes à elite, apenas um é negro. No outro extremo do ranking de renda, a composição se inverte sendo que a cada seis pessoas pobres, quatro se auto-declaram pretas ou pardas.
    O levantamento do IBGE mostra que os negros, que representam quase metade da população (48%), são dois terços (66,6%) dos 10% mais pobres e 15,8% do 1% mais ricos do país. A desigualdade de renda se estende à educação. A taxa de analfabetismo dos negros (16%) é mais que o dobro da registrada para os brancos (7%), por exemplo. A diferença se reflete também da defasagem escolar. Cerca de 27% dos negros com idade entre 18 e 24 anos ainda estão no ensino fundamental. Entre os brancos, esse percentual fica em 11%. Se considerado o ensino médio, as distorções se mantêm: enquanto 35% dos jovens brancos não estão na série adequada para sua idade, entre os negros essa proporção é de 51%.
    No Maranhão, negros e pardos constituem 72,4% da população. Portanto, quatro milhões de afro descendentes, que no ano de 2000, representava o 8º maior contingente do país sendo que 68,4% destes estavam concentrados na capital.
    No Brasil esse fenômeno é histórico e foi silenciado durande dois séculos pelas elites dominantes e pelo poder hegemônico do Estado, que hoje, procura à sua maneira, canalizar essas questões com órgãos de combate à pobreza e com políticas públicas e sociais que visam amenizar essas desigualdades, além é claro, da ativa participação dos movimentos sociais no Brasil, sobretudo nas partir das décadas de 60 e 70.
    É necessário que esse quadro mude,e para isso precisamos unir forças para proseeguir na luta por uma sociedade menos excludente.
    Ana Nery C. Lima
    estudante de Ciências Sociais da Universidade Estadual do Maranhão.

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  2. adorei a materia ana... estudos assim so acrescentam e fazem a nossa luta avançar, por fornecem respostas para as questoes sociais agudas do nossa estado

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